Luz… Não sei qual!
Não sei se o sol
se a lua
ou se luz da lamparina que se perde no pavio…
Não sei…!
Não sei se as luzes moram nos gênesis da boreal… No neon das neblinas que acortinam as colinas…
Não sei se de tudo ou se nada um dia entenderei o olhar de homem que se desconhece, que desvanece ou dorme… outra hora acorda na cumbuca do amanhecer…
Não sei se esta xícara de café faz sistematizar a motora dos cílios ou ainda faz acionar os pés…
Ergo-me nas concavidades de se abrirem as janelas e ver faiscar o pensamento…
Uma coisa me assusta e não consigo entendê-la:
De onde vem a chama que aquece as preces e faz eclodir a inépcia do coração, sendo que nem ao menos possui para si um singular pistão!?
De onde vem a combustão que gera razão e se amontoa famigerado na condução do paladar…!?
Puta que pariu é a coisa que me sinto, é o endereço onde me encontro; é causa modesta; sem fama; sem glória.
Sinto-me choco no roto de um choro que acaba de levar um tapa de um vadio de jaleco. Cortou a minha corda, me açoitou e depois sorriu. Sádico de prazer por ter parido este gameta que perambula na órbita existencial.
Das minhas janelas
ainda me procuro e
ainda berro e me assusto com as luzes da minha alma desconhecida…
de J.Vitor
Lindo e introspectivo texto. A alma, essa desconhecida...abraços,chica
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