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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Frio

J. VLemes


Gente! Por qual porta o mundo está passando?
Sentado estou diante de um abismo,
Procuro-me a miúda em cada canto escuro
Olho para a fatia de farinha que outrora fora trigo, perturba-me… Intriga-me estar atrelado sobre dois pés como se eles fossem mourões…
Ah! Até a ebulição do bule, inquieta-me.
Vê-lo, é como namorar o silêncio ou ficar cobiçando o vapor que sobe e faz amarras no ar.
Se ao menos cada nó de fumaça insinuasse um conteúdo que fosse! Ainda que não fosse para mim, mas sim, para a toalha desenhada com farelos do pão.
Quem sabe, oportunamente, percebesse o resgate do juízo fazendo moradia nos fugitivos parques e praças.
Então a minha visão não se atrelaria em convulsão de trilhos e pegadas do destino.
Sinto que a mudez troca de casa assim como o cromo frio destes pés de cadeiras que busca as minhas pernas; talvez seja porque no seu corpo ferroso não circule peripécias. Contudo, sinto ciúmes ao sabê-las quietas, sem precisar de respostas, nem para seus próprios átomos que orbita nos elétrons.
…Uma vez, Lá na minha criancice, minha mamãe disse: filho, acorde — a vida está te esperando.
Naquele instante, pensei, a qual porta?
Porque nos primórdios, só conhecia o portal das canções.  


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