J. VLemes
Gente!
Por qual porta o mundo está passando?
Sentado
estou diante de um abismo,
Procuro-me
a miúda em cada canto escuro
Olho
para a fatia de farinha que outrora fora trigo, perturba-me… Intriga-me estar atrelado
sobr e dois pés como se eles fossem
mourões…
Ah!
Até a ebulição do bule, inquieta-me.
Vê-lo,
é como namorar o silêncio ou ficar cobiçando o vapor que sobe e faz amarras no
ar.
Se
ao menos cada nó de fumaça insinuasse um conteúdo que fosse! Ainda que não fosse
para mim, mas sim, para a toalha desenhada com farelos do pão.
Quem
sabe, oportunamente, percebesse o resgate do juízo fazendo moradia nos
fugitivos parques e praças.
Então
a minha visão não se atrelaria em convulsão de trilhos e pegadas do destino.
Sinto
que a mudez troca de casa assim como o cromo frio destes pés de cadeiras que
busca as minhas pernas; talvez seja porque no seu corpo ferroso não circule
peripécias. Contudo, sinto ciúmes ao sabê-las quietas, sem precisar de
respostas, nem para seus próprios átomos que orbita nos elétrons.
…Uma
vez, Lá na minha criancice, minha mamãe disse: filho, acorde — a vida está te
esperando.
Naquele
instante, pensei, a qual porta?
Porque
nos primórdios, só conhecia o portal das canções.
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