J. VLemes
Quando
estou contigo, o sonho é o redator do
livro.
Pagina
por página. Ponto por ponto. Acostamos
um no outro.
Eu
Lhe digo segue, tu rejeitas a ordem e para, para para bordar o beijo; para
fazer crochê com os lábios e eu gosto! Incito o pedido e lhe digo novamente, segue, não
pare, esta é a hora — apimentemos a obra!
…São nestas ocasiões em que os sujeitos são ocultos,
e o predicado descreve a ação.
Quando
novamente voltamos, coagiu-se novo parágrafo, a caneta já preencheu 500 folhas…
Por
instante, paramos para reler os feitos, corrigir os entre feitos.
Que
por mérito da gramática, o redigido foi um botado perfeito.
Os
meses passam. Lá na frente somos a primavera dos frutos, somos a razão das folhas que vem aumentando o
caderno.
Pelo
regozijo das escritas, entramos em férias, descansamos, damos uma pausa,
gargalhamos de outras causas.
Até
mesmo vamos ao sebo, folheamos livros de terceiros.
Voltamos… Sempre juntos, assistindo o torno do sonho,
Então
novamente, nos doamos para o segundo
volume.
A
vida vem nos editando. Atrás vamos nós, preenchendo linhas e construindo
lacunas.
O
soluço, o riso, a fumaça do café, o parafuso do tempo; tudo vai se
transportando entre vogais e consoantes.
Novamente
paramos, fazemos novo aparte.
O
dia entra no meio, cozinha o mês; o mês sacrifica o ano, comemora-se o natal…
Quanto
tempo já passou!! O começo foi ontem, mas o seu ditado preencheu glossários. E assim, aqui estamos - elaborando a alma da
história.
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