[J. VLemes ]
Conversava
uma fruta com outra me apontando na sacada de onde estava.
E eu lá de cima
interpretava os pomos penduradas nas ramas. Os meus olhos tornava-se um caçador
daquelas bolinhas pontudas e espinhosas… Quando o vento agitava as folhas,
quase sempre havia mais um número a ser considerado entre a cria. Dezenas de
vezes percorria o mar verde considerando que a qualquer instante, eu, com a
minha luneta de hortelão avistasse por trás dos montes um coração saltitante
como o meu. E havia! Dona Silmara apanhava algumas espécies para sopa da janta.
Depois
de longo tempo ali parado, confabulei meados pensamentos, tornaram os olhos
para o céu como se estivesse pregando para o chuchuzeiro ou confessando que o
meu trabalho diante da glória de Deus era muito pequeno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos para sempre