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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Palácio de primaveras

[  J. Vitor ]

Naquelas primeiras noites
O mundo era palácio de primaveras
As flores…! Todas elas eram botões
O amor espalhava-se pelos salões

A essência de tudo chamava-se Maria
E o orquestrar das horas melodiavam primícias.
Éramos dois meninos inquirindo as estrelas,
Admirados de tudo: da propícia mesa adornada de velas.

Enquanto sobre a candeia a parafina descia
Nós, sem nenhuma pressa, sorvíamos o vinho;
Os olhares copiavam o fogo do pavio,
Que pela malícia da chama insinuava confluência.

Roberto declamava: — “quem sabe o quer”.
“Sabe dar e querer da mulher: sua vida, a bebida, a comida…”

Eu e Maria. Romanceando a música, fomos para o jardim,
Atravessávamos o paço para compormos intimidade.
Impudico, saboreava uvas, ela se anuviava no lagar.
Até que embebidos no juízo, ríamos…
Fazíamos o papel de borboletas em solércia
Em peripécias de desenhar o amor…



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