[ José Vitor ]
No reverso das folhas verdes mora o outono,
O poeta faz versos cinzentos com os vãos das ramas.
O tico-tico, o sabiá, o sanhaço; todos eles...
Hora pausam, hora cantam, outrora voam...
Olhando pelo quadro da paisagem,
Vejo um deles agachado no silêncio
é como se estivesse inquirindo a visagem.
O rumor do ar parado chia prenúncio...
As penas se desarrumam no hálito do vento, e
A inquietação do canto melodia alforria
e eu, da varanda, lagrimejo pela penúria.
Em seus bicos há gritos de procura,
... Ajeito-me no vai e vem, deito ao lado Camões.
Ponho a mão no pensamento e durmo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos para sempre