[ J. VITOR ]
Embora eu somente seja um chuchu em
ficção e tenha na minha vida o pensamento emprestado, saibam, sou real moro em
São Paulo; me avizinho num beiral estreito. Logo ao outro lado reside este que
passa a falar por mim! Na verdade criam-se
deléveis confusões.
Um dia serei um chuchuzeiro família,
farei irrefragável papel do matriarcado
e do patriarcado chuchuzeiro. Por tanto, ocupo-me desde agora em ter história
para interagir quando sobre este meu tronco descer arrebento de chorosinhos
meninos verdes, (a todos eles, chama-los ei de chuchu.) Espero que quando sobre mim se esparramar tal
parreira e eu estiver reunido dos eles
(chuchus pequenos) em quantidade, possa então abrir o livro dos relatos, e
juntos nesse berçário onde os olhos dos homens cobiçarão as nossas tenras
carnes chuchuculenta… …Então daremos uma
pausa e voltaremos aos desfechos dos dias passados. Evadiremos os nossos termos
desde daquele dia em que saí da terra, e trouxe de lá o dilúculo de ter nascido
ao regaço de um quintal virgem. Talvez o olhar deste agricultor que nos acompanha
com a sua vareta de tirar medidas, me faça recordar quando eu
era somente chuchuzeiro de 1,90 m.
O que será de teu destino, chuchu? Serás servido da forma nobre - com camarões? Virarás um simples e caseiro suflê? Quem sabe, figures em uma sopa de legumes, ou em um ensopadinho de carne? O destino dirá... aproveite, enquanto isso, teu tempo de parreira. De olhar as coisas de cima. Bom dia!
ResponderExcluirOlá, Vitor!
ResponderExcluirTexto com muita imaginação, sabedoria e maturidade.
Tenha um dia feliz.
Beijos da Luz (ainda se lembra de mim)?
Novo poema no "Afetos e Cumplicidades". Obrigada!