[ José Vitor ]
Batidas na
porta…
Perguntei quem seria
O vento assoprava
Carregava folhas secas
vozeares de outono
Junto o sabiá
Que nos galhos parcos
Trinava algures
Ao longe, se ouvia outro, outro...
Dentro de casa um lume
eram sombras de uma tarde…
Estava eu e
minha avó
Ela rodeava o fogão
Avivava as brasas
fazia chá
Em seguida
voltara a tricotar.
Das xícaras Subiam fumaça quente
A tarde descia cheia de cinza.
O Outono passou — dorme vovó...
Através da primavera
Busco o sorriso,
trago-o para cá… nas recordações...
As primaveras continuam,
rolam os verões,
Passa também o outono
ambas nascem após o inverno.
Salvo a este acomodamento —
"dentro de mim, adormecido."
No verão eu chorei.
As flores penderam,
As pétalas se desabotoaram
Consolo-me pelos arranjos que guardei
e daqueles dias que jamais me esquecerei...
Lindoooooooo
ResponderExcluirBjsss
Sônia, daqui há pouco na hora que me sobrar um tempinho volto aqui, um prazer ler e ver as coisas que escreve.