[ J.Vitor ]
Para falar de
vida falarei de um moribundo que vagueia.
Diferente[mente] das vezes em que estive vivo,
"algumas vezes…"
carreguei-me, arrastei destroços de mim mesmo:
refiro-me a paixões que me matavam, e eu, capengando,
erguia-me do choro, tomava nos braços a desilusão,
saía pelo tempo, entrava no templo da espera
aguda.
As lições de cada porte construíam o homem,
prevenia-lhe sobre os desenganos na escada do futuro.
...Não sei falar de uma única vida!
também não sei quantas vezes se escasseia um coração...
Tive mortes imprevistas, tive outras que o descaso
marcou a data do óbito.
Hoje, na quaresma dos janeiros, está delegada
a decepção do pretenso poeta,
Fica registrado neste papel a fatalidade de viver o
mundo sem ter amigos!
Morrerei aqui e
agora até que no blog[ar] da ressurreição eu volte.
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Amigos para sempre