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terça-feira, 16 de abril de 2013

Minhas culpas


[ J.  Vitor ] 

Ao lerem estas linhas interpretem:


são as minhas culpas cobertas de sombras,

são desenhos na fumaças que se perdem a cada cafezinho,
são insistências de proferir a palavra céu;
não menos, são as duvidas do meu arcanjo.

 Embrenho-me sestroso, vou a valas densas;
A alma repensa, fere águas, fere os olhos com lágrimas…

Temo os combates que se amoitam, que se deitam como pedras…
que se erguem como monstros numa cidade de medo.
A garoa também me abusa (eu a percebo, ela se mistura no meu gozo).

De tudo tenho este desvario mental, tenho este louco do sobrado:

do sótão do meu chapéu ele fala,

às vezes canta, outras vezes faz poesias.

Se me faço abrir os olhos,

se me faço ver o sol,

então me faço ver a penúria deste canto

e ponho-me a escrever.

Se me pego de modas canto as mesmas letras.

Se me pego de versos interpreto o desespero:

faço broquel das mãos e de me culpar peço
clemências a Deus.

Resto-me entre as borras do café.

Lá estão as confusas linhas:

Falarão do meu crime.








2 comentários:

  1. Muito bonito, J.Vítor! O leitor, também, passeia, aqui. Muito bonito!

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  2. Ola Vitor,

    Li as suas poesias todas hoje pela manhã, acordei antes do sol
    se apontar e na espera de um novo dia me distraí muito com os seus
    versos ... As vezes Vitor, fico na penúria do meu canto sem abrir os
    olhos, viajando no passado não tão distante e me bate uma tristeza tão
    grande, o alívio para o meu desespero também é ler versos e tentar
    colocar humildes palavras no meu espaço.
    Procuro, procuro ... faço broquel das mãos e de me culpar tanto
    pelas inseguranças, tempestades que me caem, peço a clemência de
    Deus ... não acho grande saída ... Depois o dia raia e tudo sempre começa
    de novo, sempre ...

    Beijosss

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