Nos olhos
desta figura, mora a caneta de um homem, alias! Medieval menino... Enquanto
anotava o outro lado da linha, nascia, sem ócio, uma figura vazia. Olhar
de Lua, cabelos espartanos, mais se pareciam com suíças erguidas; um ovo no
coco, o queixo torto, lábios espremidos, sem goela, só pescoço. Abaixo,
depois da gola, nada existia, nem casa ou botão, menos então… projeto de
coração!
Distraído, anotava, fosse o que fosse não era nada que
mais tarde
a sua agenda lhe revelasse.
O menino
entrara em trabalho de confessionário, dali nada
poderia
proferir em documentários que não se revelasse em poesias!
Esta é Maria! Talvez o mundo não entenda a beleza de uma mulher! Nem se quer adivinha que em qualquer linha nasce uma namorada, uma noiva e depois uma mãe, uma avó que pouco importa se o desenho de sua netinha não lhe acresce os seus devidos brincos...!
Bom dia! A netinha tem talento... mas não pode esquecer de desenhar os brincos da avó na próxima vez! Reparei na riqueza dos detalhes, que geralmente são deixados de lado por crianças muito pequenas: os dentes e as sobrancelhas. Quanto ao desenho do rosto masculino, não achei o olhar vazio, pelo contrário; é expressivo. Achei o texto, é claro, muito bom!
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