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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cenóbio - casa dos relógios


[José Vitor]

Vejo-me ribombado numa arapuca, num casaco de visual preto
Ao arredor, vexações, nos pés, meias furadas;
no sapato a minha canseira...
nas mãos carrego tintas 
são das causas, são das letras.
Letras, rimas, expressões, — iguais a doenças,
febres, 
aboletamentos no cérebro,
Indício de proseares sem ciência, sem interesse,
Só concordância, só provérbios picaretas.

Procuras a quem?
Alguém que goste deste monólogo?
Que deem prosas aos comentários?

Sim! — procuro Colóquios enleados,
Só assim vestirei o meu costume
Só assim versejarei o meu ostento
Só assim saberei das escritas bobas.
Preciso de um amigo! Um amigo semântico!
um caroável que aplauda este encanto

Não poderá ser um didático, muito menos um diplomático
Pasta que goste  de cebos e acervos,
e que bem ou mal, goste de redações prosaicas,
Contos de semi-respeitabilidade.
Que em tudo ponha erros, arranhe nas gramáticas,
peque nas concordâncias.

Se encontrá-lo, tirarei de mim um segredo.
Baldearei o confuso com veemência, expurgarei os males,
...Assim espero, ver aberto às cores que fora estiverem;
o verde com o vermelho e as outras nuanças do horizonte
quero disposto boreais e verticais 
 preciso ir para cima
Recomendar o mundo para os meus amigos
Criar o convento de prementes; 
Desfechar as folhas desvairadas.
Trocar pelo alvorecer azul lá da china ( ) .
Fumar as rosas claustros
Beber as bebidas amargas...

“Têm dias iguais,” a manhã simplesmente chega,
O relógio somente desperta, vou para fabrica,
se for um domingo, um feriado fico em casa;
lavo a louça, capino o quintal, burlo com as crianças...

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Amigos para sempre