[José Vitor]
Vejo-me ribombado numa arapuca, num casaco de visual preto
Ao arredor,
vexações, nos pés, meias furadas;
no sapato a
minha canseira...
nas mãos
carrego tintas
são das causas,
são das letras.
Letras, rimas,
expressões, — iguais a doenças,
febres,
aboletamentos no cérebro,
Indício de
proseares sem ciência, sem interesse,
Só
concordância, só provérbios picaretas.
Procuras a
quem?
Alguém que
goste deste monólogo?
Que deem prosas
aos comentários?
Sim! — procuro
Colóquios enleados,
Só assim
vestirei o meu costume
Só assim
versejarei o meu ostento
Só assim
saberei das escritas bobas.
Preciso de um
amigo! Um amigo semântico!
um caroável que
aplauda este encanto
Não poderá ser
um didático, muito menos um diplomático
Pasta que goste
de cebos e acervos,
e que bem ou
mal, goste de redações prosaicas,
Contos de
semi-respeitabilidade.
Que em tudo
ponha erros, arranhe nas gramáticas,
peque nas concordâncias.
Se encontrá-lo,
tirarei de mim um segredo.
Baldearei o
confuso com veemência, expurgarei os males,
...Assim
espero, ver aberto às cores que fora estiverem;
o verde com o
vermelho e as outras nuanças do horizonte
quero disposto boreais e verticais
preciso ir para cima
Recomendar o mundo
para os meus amigos
Criar o convento de
prementes;
Desfechar as
folhas desvairadas.
Trocar pelo
alvorecer azul lá da china ( ) .
Fumar as
rosas claustros
Beber as
bebidas amargas...
“Têm dias
iguais,” a manhã simplesmente chega,
O relógio
somente desperta, vou para fabrica,
se for um
domingo, um feriado fico em casa;
lavo a louça,
capino o quintal, burlo com as crianças...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos para sempre