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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ser poeta


[J. Vitor ]

Ser poeta quando as madrugadas ainda dormiam nuas;
quando a ciência ainda era dedutiva, os gênios eram poucos,
as cidades eram de pedras, os palácios eram rudez,
seus pisos eram lascados na cunha da talhadeira.

 Ser poeta quando a novidade do concreto estava se catalisando nas primeiras formas,
os tijolos eram gigantes, as tintas não se chamavam látex, as cores desbotavam…

Ser poeta quando os rios tinham ainda tinham a sua liberdade sem canos,
sem a inclusão de esgotos e chumbos das fábricas;
os peixes visitavam os córregos, e até as poças iludidas escondiam bagres.
O mar era límpido, o céu era aberto, as estrelas ainda não haviam sidas substituídas pelo Google,
as montanhas não desciam a toas.

Ser poeta há séculos atrás quando a mídia só percorria o seu lugarejo;
(os mensageiros eram homens bem vindos,)
e pombo correio era recebido com lágrimas…

Enfim! Ser poeta sem ter Aurélio,
sem ter dicionários de sinônimos, rimas,
e muito menos um corretor de erros rastreando seu teclado de ouro…

Mais do que enfim!
Ser poeta era viver da natureza crua e sem roupa.
para se fazer poesia o coração precisava ser épico!

2 comentários:


  1. Bom diaaaaa Vitor,

    Lindo, lindo ...
    Palavras inteligentes, ser poeta ...
    Ser poeta com certeza, é dom.
    Você tem o dom.

    Beijossss

    Sonia

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  2. Olá J. Vitor, e que tudo esteja bem contigo!

    Pois é prezado J. Vitor, ser poeta é sempre ter a porta aberta, da imaginação, pois palavras na mente de poeta sossegam não!

    E por cá tem sido sempre prazeroso passar, e os teus escritos ler e admirar, e assim agradeço por compartilhar, e pelas visitas e comentários deixados sempre por lá.

    Deixo cá meu desejo para que você tenha sempre esta intensa e alegre felicidade, um grande abraço e até mais!

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