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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Estive aqui

[ J.Vitor ]

Pedinte alma, não me olhe agora…
Andando, percebo estar vulnerável:
Caminhei na areia, escapelei os pés;
no asfalto esfoliei as alparcas.

Paro… não falo, me perco fútil;
gastei-me de caminhar... dos pedregulhos
das vestes de brins baratos.


Imaculada alma, não olhe agora…
Principalmente nestas horas de deixas
Ocasionalmente neste final de tarde,
Entro no propugnáculo, me busco
O que trago? — as palmas sujas de graxas!



Se olhares agora, talvez não me reconheça
Estive aqui, não lembro quando
Não contei as horas. Passei…
Assim como passa o pássaro
Assim como os flertes e as meninas
A peteca, o vôlei… a pelada.

Atualmente, se quero ver o Boreal uso óculos de grau
Uso a luneta! Enxergo um moço repintado:
Sem cabelos no chapéu, sem a calça boca sino,
Sem a blusa Bellow. Passou…

Imaculada alma.
Faço parábola de quando apreciava as baleias…
Pensava que fossem amistosas, não eram;
— Doce ilusão que me levou para longe!


Um comentário:

  1. Caminho na areia,
    escapelo os pés, paro, não falo,
    me perco fútil. Doce ilusão que me leva pra longe !!!

    Adorei !!!

    ResponderExcluir

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