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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Catastrofe


Repentinamente o céu nebulou, as nuvens se entrelaçaram — crispou gritos de raio, e o povo lá no morro debandaram arrastando crianças e velhos nos ombros, geladeiras, aparelhos e o mais que podiam.
Estava decretada hora de destroços. lama e lascas desciam  abaixo com pedaços inteiro do mundo explodido. 
Quantas lágrimas se misturam ao desespero…
nem mesmo o chão companheiro pode desobedecer às ordens da torrencial.
O empíreo se abria encharcando a vida… transformando toda lida em morte.
A chuva descia com glória de um fim de mundo, tecia os lombos da comunidade dando a elas um único rogo em choramingo de crianças, ganidos de cachorros, e vozes desesperadas que clamavam.
  Num mesmo repentino veio a estia dando aos sobreviventes requerer das valas os seus perdidos; ao próprio tempo a mídia se apoderou do extermínio lançando avisos e pedidos de contribuições.
Imagens mostravam olhos inchados lamentando pelos filhos,
órfãos pelos pais, proprietários pelas barrancas…

Restava somente erguer a bandeira a meio pau até que as lágrimas se esgotassem…

de J.Vitor

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