[J.Vitor]
Nas torrenciais ondas
e cachoeiras de choros
navego em nau a
pique, socorra-me... Dê a mão a este leme.
Venhas…, velejes ao meu
alcance,
teu hálito no meu
sono acareia as águas,
dá descanso para as
lágrimas e traz à tona o coração
Tu, longes…
Neste mar… pincelada sobre
o bronze
doma as ondas, amansa a ressaca da maré
tira delas a obediência
de subir e descer
Desobriga o sol de
morar no arraial,
dá férias para o
luar,
despede a noite numa
lonjura qualquer
Tu, longes…
Fazes do olhar a
palidez das sombras
desvestes o coração,
carpina-lhe a aorta
mas tudo que de
restante importa
nascem em redundâncias das sobras.
Aonde vais que
encolhes de mim as mãos?
— esconde-se dos meus
lábios em lagos distantes?
Onde vais… tão
afastada a levar-me a vaus e vultos
a fazer dos meus
abraços, remos curtos,
e dos meus
sentimentos, um ato ignorante…
Tu, longes… Não podes me emergir
então somente saibas:
encontro-me na mesma
praia,
lá ainda assisto o
turbilhão do amor que nasceu neste beiral do mar
nossa amei pai, me emocionei!! Como adoro o que escreve.
ResponderExcluirTe amo. Meu pai sábio, meu pai herói.
Quando cá tu vieste menina, após nove meses de espera, a ansiedade de conhecê-la em nosso mundo era início de um novo evento, de uma projetura que o tempo iria construir; e assim, ergue-se em nós o orgulho, a vaidade, a necessidade de ser herói…!
ExcluirBem adivinhava em tais palavras de uma menina que amamos...
Ser herói é um ato casual quando aquele a quem socorremos representa a asa que temos!