Lá em baixo
nas valásseis subterrâneas
corre a última descarga.
É como ver despedir-se
migalhas dos meus rins…
Hão de estranhar seus moradores;
…nesta noite,
um quarto dos meus olhos e
e dois terços de coração
Desmancharam-se como sal.
No abissal do escuro — emborquei o juízo.
Entornei pela guinda o sorriso.
Pela manhã não recobrarei os ossos
pelo meio da tarde — quem sabe a voz renasça
e até consiga alcançar um recomeço.
Contudo, sei que lá embaixo
usarão as calçadas...
ninguém saberá dos meus pedaços...
Não saberão que um homem morre a cada noite
tão pouco a cidade deixará de pisotear seu tumulo…
de J.Vitor
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