Chamo Mário,
De três para quatro anos meu pai foi servir a Pátria
…Não voltou…
Com doze para treze mamãe adoeceu…
Eu fiquei ao porte dos sonhos.
Cresci numa casinha inacabada.
Tinha medo do enoitar, principalmente se a vela terminasse:
o mundo ficava mais quieto
nascia estalidos no telhado.
Olhava para o vão aberto, ali havia projeto de se pôr janela,
no entanto cobria-se de panos,
eram sacos de farinha (uma para cada banda
hasteados com a mesma linha reaproveitada.)
Nas primeiras horas de cada amanhecer,
ansiava receber um amigo.
Os anos se passaram, por sorte,
hoje tenho um porte de cadete
Recebo os benefícios do meu papai “Herói de guerra”.
Replanejei a casinha que ele começou
Bateram na porta…
Era a amiga Maria!
de J.Vitor
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos para sempre