Quando o sol se fecha, a tarde vem na transição da sombra, entra no quarto… faz aumentar o silêncio. As noites usam as mesmas vestes… repete…!Faz-me entrar numa conversa muda… “A ausência queixa-se de saudade”. Tento me distrair com a ponta da fronha, com os detalhes da
cabeceira; chego a fingir que estou dormindo, mas, as recordações são mais fortes que o sono, fazem-me recobrar desde os passeios que fazíamos pelas ruas ao redor, das manhãs de domingo que nos púnhamos entre palavras cruzadas ou de quando começava a beirar o horário da receita; “disputávamos no sorriso” quem iria picar cebolas.
Ironicamente… dizias! Prefiro fatiar os tomates, (sorria), dava tudo certo!
As crianças chegavam do dominical. A mesa estava posta!
Almoçávamos, fazíamos de cada dia uma felicidade.
Agora... Quando sol brota, eu acordo com o habito de quem sonhou pelos versículos da madrugada e isto, põe-me a maquinar palavras. Porém, o relógio é um conto ligeiro… envolve-me entre seus ponteiros e nos tiques taques tenta consolidar a um encontro…!
de J. Vitor
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