Na sacada do terraço, agito o pensamento.
Surge na imaginação um prédio de meninas
Irene, a vizinha boazinha
trago namoradas antigas para a lua de mel.
Quando espreito a operação da fantasia,
dou para a imaginação uma lente de buscar felicidade.
“binóculo forte, vai além do raciocínio, ultrapassa as paredes, as cortinas, as peças intimas, e mais…”
— Consola-me de ficar olhando Alzira de quando sobe no queijo,
ou sai na toalha de banho.
… Alzira é um dos fulgores.
Ocupa lugares nos meus crimes.
Iguais de quando éramos crianças,
ela aceitava brincadeiras de menino; (como catar amoras.)
Há uma brincadeira que nunca esqueci;
— Eu, — fazia de conta ser o artista Piccaço.
ela, — auxiliar. O matagal donde adentrávamos era além da natureza, lá, o mundo faz de conta.
— criávamos cabanas, hora um Atelier, hora uma cozinha, outra hora o lugar de dos servirmos de amora.
Estando no Atelier; nossos rostos de mordacidade mudavam de nuanças…
inebriava a capacidade de duas crianças…
ela segurava o pincel até que por final eu mapeava a tela de sonhos.
Pouco a pouco, trabalhávamos aquela arte intensa.
Assim, eram as seguidas manhãs!
Rumávamos pela trilha conhecida até que pousasse nosso cenário,
“uma moita de maracujá, um pé de amora!”
— Sem nenhuma pressa Alzira sentava no chão sobre uma roupa qualquer,
e ainda sem pressa, tirava de Piccaço, seu pincel.
Expunha-se eximiamente… um sorriso curioso; uma tela semipronta…
Tela! ainda branca, lisa, sem marca, sem veludo preto.
— Tudo pronto, Piccaço se rendia diante da curiosidade.
Curvado, vasculhava com o dedo a vasilha,
pois, logo poria tinta e depois misturaria com as cores de cada grito.
— Cedo começa a vida artista.
Piccaço … na puberdade. Sua auxiliar mais ou menos idade igual.
—Carregava o fictício de mulher.
Pouco se importava com o pincel devasso tolhido sobre a tela.
Era um pincel louco… disposto ao cenário da manhã!
Esbarrou diante da Tela Louca, cobrindo-a de lá para cá
Tornava-se de cá para lá duas loucuras inacabadas!
Um louco varado Varou de lá para cá esbarrou diante douta louca
ficaram de lá para cá dois loucos!
de J.Vitor
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos para sempre