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quinta-feira, 10 de março de 2011

Sou mar, neblina, nuvens


Escrevo porque não sei falar
sou o oco do coco : pouco e vazio
Ficar calado é tudo que faço.
É o meu maior espaço: minha casa, meu convívio
Um lugar de rolar lagrima, de sentir um gélido frio.
Sento-me no beiral da rocha, o mar trabalha quieto,
Os meus ouvidos põem-se no lamento das águas
Geme as pedras de quando a maré chicoteia abaixo… encharca-me os pés.
  “Sentei-me aqui após a missa”, nem ao pior percebi o terno;
não relaxei a gravata. Até o sermão… depositei a parte…
Fixo-me nas ondas distantes, cada uma que se quebra é uma linha do livro, é uma frase que se completa. Ah…! Como é sábio este autor!
Faz-me parecer transparente em sua palma. O vento está bravio…
Assopra… vem do meio do oceano, se junta na pele do mar, depois se quebra… faz-me parecer que estou num altar, e de junto das neblinas que vão se perdendo num conjunto azul… Só resta de mim os meus olhos, os demais é mar, é neblina, é nuvem me dizendo adeus!

Gostaria de me reverter, trocar algumas escritas por palavras ditas 
Vida é aquilo que se faz… 

de  J.Vitor

10 comentários:

  1. Muito bom seu texto, traduz uma certa solidão que existe log abaixo das nuvens que escondem o céu.Parabéns.

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  2. Mergulhar neste teu silêncio é uma viagem ao paraiso...
    A reflexão dos teus escritos é lição de vida...

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  3. Lindo o seu texto adorei.
    Que esse grupo siga sempre, unido e com inspiração.
    Resto de boa semana.

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  4. Mergulhar neste teu silêncio é uma viagem ao paraiso...
    A reflexão dos teus escritos é lição de vida...

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  5. Adoro seus textos José Vitor!
    Beijocas em seu coração...
    Verinha

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  6. AH, como te entendo nessa tristeza sem fim. E o mar que ora acalma, ora agita os nossos pensamentos. Alma de poeta é inconstante.

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  7. Olá J. Vitor eu espero que tudo esteja bem contigo!
    Embora muitas vezes faça sofrer, ser tão calado nos faz um ótimo ouvinte, ta certo que por vezes eu somente fico a concordar, mas, tem pessoas que preferem falar pra outras assim, pois nem dão palpite!
    Belíssimo poema J. Vitor, apesar do sofrer, em certos momentos certa decepção, mas a vida é feita disto tudo, e como disse um grande sábio, existe muito mais mistério entre o céu e a terra, que o que conseguimos imaginar, e por que não haveria nada entre a felicidade e a tristeza! Parabéns pelo belíssimo poema.
    Desculpe, sempre que por cá venho, excedo-me nos comentários, abusando do seu belo espaço, mas sou assim, embarco nos sonhos dos poemas, talvez por gostar de viajar pelas curvas e labirintos das palavras!
    Desejo a você e todos ao redor iluminada felicidade, obrigado pelas visitas e comentários, abraços e até mais!

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  8. Não se esqueça que foi voçê mesmo que o disse VIDA É TUDO O QUE SE FAZ. Aquilo que se escreve fica registado para para sempre. A escrita é uma reflexão a duplicar e muito mais que um discurso, tem o valor de enaltecer a coragem de quem expõe publicamente as emoções.
    Não penso que seja um texto onde se enaltece a solidão , antes pelo contrário manifesta muito positivamente o seu inconformismo.
    Um abraço.
    Eduardo.

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  9. Vitor, vou fazer aqui da sua inspiração, a minha ... vai dar certinho !!!

    Nesse lugar de rolar lágrimas,
    ouço o gemido do mar
    tentando me confortar ...
    Então fixo-me nas ondas distantes,
    no meio do oceano, vai e vem
    Nossa !!! parece que estou num altar mesmo,
    incrivelmente hipnotizador,
    Só resta de mim os meus olhos,
    tudo o mais, é mar, é neblina, é nuvem
    me dizendo "adeus".
    Gostaria de ter o poder de sair daqui,
    trocar algumas coisas ...
    Vida é aquilo que se faz ... (e pensa).

    É isso mesmo, com certeza.

    Beijosssss

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