Para recompensar o ausente, vou encaminhar mais pensamentos, vou prosear aleatório. Vou redizer o aparato de estar só, e do distar verbos. Será que estou bem?!
Acredito estar vagando em pensamentos e contido unicamente nos olhos do CPU. Serei Louco?
Que “som” é este?! Vem lá da sala?
Horas ouço a televisão ligada, quando não, é o piano no chorinho de meninas. Xícaras tilintam na mesa. Dou pausa; busco o cafezinho, corto a conversa, falo um boleado qualquer e volto alusivo de me achar José Vitor Camões; Drumonnd; Pessoa. Que seja outro, sentado, discorrendo prosas, falando dos passarinhos, dos males vizinhos.
Quando estou lá fora, maquino estar aqui, chegando aqui, percebo o ovo choco sem a desenvoltura do germe, então me resto de queixas, me preencho do menino que gazeteava as aulas.
Faço-me sobradar pouca importância e muito saudosismo; não fui aplicado como o aluno Robson.
Disto tudo, sei estar faltoso. Contudo, tanto faz!
Este trucidar de palavras é simples… Sou Eu!
Quando estou lá fora, trabalho. Faço rosca na porca, arrebito a chapa, ponho grampo nas juntas. Termino a tudo.
Quando estou cá, perpasso os pensamentos, diluo os proseares, busco palavras borra-botas e delas sou vã filosofo.
“Aqui”, perdido em terapia: descalço a botina, descanso os calos e rebusco prazeres. É como se não quisesse me perder deles, para tanto inquieto particularidades biográficas.
“lá”, esqueço os doutores; torno o meu sapato, me visto de oficina: sou cabriola, sou a matéria varada de serra e pó que se desprende liberto.
de J.Vitor
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