J.VLemes
Aquele amor
não me deixou mundo.
Retirou a
mobília do sentimento,
Anulou a
propriedade dos meus pés,
Esgalhou o
domínio da alma.
Ai de mim! O
vazio ficou,
Sinto que o ar
se perde… calado.
O lugar desta varanda… chora.
Nada deixou
aquele amor.
Fiquei pobre:
dois pés sobre espinhos,
Duas mãos carregadas
de lembranças.
Nada mais, nem
uma lona para abrigar o
[coração
O cantil
assente seco, raspado da vida.
Meu cerne
sobrevive da mentira e contos:
Conto para ele
que Cinderela foi minha namorada…
Minto.
Minto com
veemência, divido as palavras em profecias de amores; e assim o faço, gemidos e
dias,
Na boca da
noite, minto…
Calado, sangro
os olhos por viver tão só.
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