J. Vlemes
QUATRO amores que não esquecerei…:
PRIMEIRA, Helena!!!
…O mais novo, era eu ou era ela, não
sei!
Que fosse ela ou que fosse eu,
lembr a-me somente que eu tinha nove
anos.
Ela! Que importância teria agora!
Minha paixão de menino era audaciosa,
porém incapaz de ser adulta ao ponto de lhe fazer perguntas audazes.
Ah!! Aquela paixão!!
Aquele ano!!
Aquele ano foi de preâmbulos:
O sinal da escola tocava; as classes
tinham que sair para o pátio em fila. (Era uma ditatória que me agoniava):
Teria que esperar a classe dela sair ou se já tivesse saído, então me punha a
correr entre os trilhos no meio dos eucaliptos para alcança-La.
Lembr o-me
perfeitamente — alguns saiam acompanhados dos pais, outros faziam grupos
para caminharem juntos, e eu saia esbaforido com o coração em pulos de
idolatria.
O ano terminou, as férias vieram e a
desilusão foi arrancando as esperanças, cresci…
Novamente, me apaixonei pela SEGUNDA
vez.
Estava refeito! Estonteava-me a nova
felicidade.
Contudo, o nosso namoro não foi de amor
mútuo.
Somente o meu coração entrara na gaiola
da paixão.
Sofri! Pois havia ficado preso como um
pássaro que perde a liberdade.
E assim, decorrido os dias, recebi
alforria da dor e com a carta em mãos passei a me apaixonar em cada esquina,
em cada salão de baile; (a cada virada de primavera começava um relacionamento novo.)
Essas foram muitas dentro de uma paixão
só; ou melhor: Teresa, Joana, Antônia, Estela… e as demais, representam-me aqui
como minha “TERCEIRA paixão.”
Por final conheci Maria!!! Veio a ser a
QUARTA e a última paixão.
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