J.V. Lemes
Embora longes
Embora longes
Bebo
a tua voz
Recreio-me
das noites intimas
Embriago-me
do silencio que após fazíamos.
Aqui,
no travesseiro, inclino a cabeça.
Busco
nos cantos
a tocha do luar,
a tocha do luar,
Faço
reprisar longas noites
e
as compridas poesias.
Aqui,
estirado no quarto, sem ninguém
Percebo
a despedida da tarde
Entendo
que o acaso arde
E
que em seu alarde a noite vem.
A
diferença se faz — “A cidade”,
Alagada
e vazia, em sua urbe se despacha
Cansada,
sem canto, ao quanto,
o
amor perdido, vem atoalhar a casa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos para sempre