[ J. VLemes ]
Já
fui de fazer barulho, de fazer arruaça,
Tive
época de fazer caminhadas,
Outras
de fazer ginásticas; ou de simplesmente não fazer nada. Depois, bem depois eu
tive necessidade de vasculhar o sentimento. Reencontrei-me nas letras como se a
vida fosse páginas depositadas numa sala silenciosa.
De
princípio, quando barrei na plaquinha de documentos arquivados; dei de ombros.
Perguntei-me: o que irei fazer com toda esta papelada!?
Mas
como sou o autor de tudo ali guardado, invadi o recinto, criei particular
academia das letras.
Como
tudo na vida tem os seus levantes e relevantes, não dei corda para as coisas estagnadas.
Caminhei, fui me buscar. Encontrei-me repartido entre passagens bem sucedidas e
noutras, erros que gostaria de não tê-los cometidos.
Passei
a ser o meu próprio funcionário. Tirei o pó da sala, limpei a escrivaninha, comprei uma cadeira de couro, ignorei o
tinteiro e a pena, fiquei com a caneta de ouro.
Às
vezes penso! Será que não estão na hora de reorganizar os bilhetes, os poemas…
até mesmo as poesias esquecidas…
Se
antes eu fui de fazer barulhos, de ter namoradas, de ter uma noiva, esposa
querida; então é chegado o momento de viver a intensidade de cada boda, de cada
aniversário, e por em prática as experiências adquiridas.
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