[ J. Vitor ]
Ao acordar espanei a noite dos olhos
Mas não consegui tirar o pó do desejo
Sonolento, bati o pé no assoalho.
Quis fazer cair o presságio cruel.
Nada consegui, objetei uma pergunta:
Escondo a ansiedade?
Desminto o pensamento?
Não, não! — Ainda há princesa no sonho da
madrugada
Fiz nova tentativa, dormir. “Esperaria
um pouco.”
Mais tarde quem sabe! Ou até que à noite do
escuro se enfastiasse e matasse os desejos antes do café da manhã.
Então
continuei adentrado no impasse,
Camuflado na aspereza da coberta e na
angustia tacanha.
O pêndulo que adentra o peito agia, gemendo…
Eram compassos estreito, fiz-me ir à janela.
Visualizar o acaso, por ganância na matina,
Pensei até em coalhar cupidez, despertei.
Passei
a ver fetiche no horizonte,
Longe…! Lá donde o sol se cria!
Foi buscá-lo, tocá-lo, acordei Maria…!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos para sempre