[ J. Vitor ]
Quando pensamos no amanhã é por que o rascunho da mente está trabalhando, está peregrinando no presente, emigrando para o futuro. Nas noites vagamos numa consciência de sono. O sonho vem, estende sua barraca, e dentro moram os príncipes e princesas.
Quando pensamos no amanhã é por que o rascunho da mente está trabalhando, está peregrinando no presente, emigrando para o futuro. Nas noites vagamos numa consciência de sono. O sonho vem, estende sua barraca, e dentro moram os príncipes e princesas.
Tive nesta noite um sonho. A princesa dormia. Eu fui tirado daquele
instante e fui sendo levado a uma vaidade que há tempos havia começado. Clareava-se
então no subconsciente; “as ramas do chuchuzeiro, eram lindas, lindas!” Tão
lindas que os lagartos não lhe faziam mal, e as borboletas, unicamente borboleteavam
ao redor das folhas. Vi quando uma abelha sorria perdidamente para uma delicada
florzinha!
De repente passei a ter uma tormenta, o
delírio passou a agonizar o meu corpo semi-inerte. Na sedação que eu ainda estava entre
sono e resquício de realidade, ia ao além, e voltava para o colchão. Mas antes que
pudesse voltar à natureza daquela revelação, mostrava-me uma conturbação, e de
tal forma que os meus olhos começaram a se quebrar junto das folhas que já não
eram mais verdes.
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Amigos para sempre