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sexta-feira, 19 de julho de 2013

CAPITULO XVII - Pesadelo

[ J. Vitor ]

Quando pensamos no amanhã é por que o rascunho da mente está trabalhando,  está peregrinando no presente, emigrando para o futuro. Nas noites vagamos numa consciência de sono. O sonho vem, estende sua barraca, e dentro moram os príncipes e princesas.
Tive nesta noite um sonho.  A princesa dormia. Eu fui tirado daquele instante e fui sendo levado a uma vaidade que há tempos havia começado. Clareava-se então no subconsciente; “as ramas do chuchuzeiro, eram lindas, lindas!” Tão lindas que os lagartos não lhe faziam mal, e as borboletas, unicamente borboleteavam ao redor das folhas. Vi quando uma abelha sorria perdidamente para uma delicada florzinha!
De repente passei a ter uma tormenta, o delírio passou a agonizar o meu corpo semi-inerte. Na sedação que eu ainda estava entre sono e resquício de realidade, ia ao além, e voltava para o colchão. Mas antes que pudesse voltar à natureza daquela revelação, mostrava-me uma conturbação, e de tal forma que os meus olhos começaram a se quebrar junto das folhas que já não eram mais verdes. 
Agora elas estavam tão esturricadas que a minha alegria foi farfalhando aos poucos até caírem num monturo. 
Fiquei olhando, e eu estava junto daquele canteiro; deitado lado a lado, quase nu, cru, eu e o chuchu, sorriamos para o esterco.  

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