[ J. Vitor ]
Que tarde é esta!?
Trocou-me pelos tempos que passaram,
Dói-me pensar que o ontem… dormiu.
Dormiu como dormiram os demores de
primavera.
As flores que tenho no vaso da sala se
ajeitam em sentença.
Já não guardam em si novas esperanças,
Não se vestem mais com viço para mesa
do jantar!
Logo logo…virá pela porta o hortelão
com novos arranjos.
Que tarde é esta!?
Mesmo que este eu se perpetua em
assistir as trocas de flores,
as passagens de lua, a fonte do sol
despachada no fuso da vida...
Nisto, sim! Sinto-me como se um ladrão
tivesse entrado em mim…
Saqueado todos os meus guardados, nada
deixando:
somente uma poltrona velha!
…Nela me assento para fazer um boletim
de assalto!
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