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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Anestesia

Uma manga-rosa me leva a um retiro.
Esvoaça resquício de lampejos.
É a derradeira gota de um respiro,
um pouco de estar que ainda vejo.

Que coisa eterizada há cá no vital?
Fusca a este doente Intermitente.
Que circunstância angelical!
Grácil de louça, um vidro transparente;



uma deusa de cristal.
— O Bisbilhotar apregoa-se extasiado,
é de se sentir no altar Virginal
vai consigo o estar estonteado

leva a pomba, presa do peito.
esvoaça-se, vai até o céu sem fim...
vai e volta…, em forma de anjo perfeito!
Até ontem sentou a cadeira de marfim

imagem da web.

Usou o mesmo banco na igreja
Ajoelhou no mesmo santuário, porém,
Por um prenuncio tornou ao leito
deu provável adeus, despenhou os órgãos

deitou-se inerte para a ciência assimilar o durável.
Que fossem as córneas, os rins, o coração…
Até o agradecimento ao padre, ao amigo caroável
que fará a última oração.



Um comentário:

Amigos para sempre