(J.Vitor)
Se eu tivesse o
último grito,
Colocaria nele a dor
que me esfola,
A solidão que de
noite me assola
E a ausência em dias
de mitos.
Se eu tivesse na
garganta o poder de uma frase
Rediria para os meus
amores às fases dos choros
Que fosse à só
palavra, realizar — único beijo.
Depois, poder-se-ia
dizer completo o derradeiro desejo…
Se eu pudesse voltar
na vida
E montar uma nova
felicidade
Começaria por mim,
dando-me outra lida.
Inteiramente
desprovida de frivolidades…
Não mais contaria
com casualidades
Nem tão pouco faria
qualquer por menor a Maria
viveria puramente
das maiores intensidades…
Se eu pudesse no
agora, na extrema hora do grito
Burlar os nãos acontecidos,
os meus caos aflitos.
Tiraria das experiências
o formato de uma oração completa…
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