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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Distância

(J.Vitor)


O avião voa silencioso,
leva consigo a saudade,
tudo que faço é vê-lo abrir-se em riscos de fumaças:
Se pudesse! No mesmo instante pintaria uma rota de retorno,
Se pudesse, voltaria no tempo, trapacearia o invento de 
Santo Dumont.
— Nada de avião.
Se pudesse, tornaria no Éden, ergueria nele, muros, e faria do mundo uma cidade só.
Da cidade só um sobrenome só,
só o teu, prisioneiro de selarem-se nos meus e não mais voar...

Nada posso...
fico aqui... inerte — uma estátua de sal,
outra coisa não sei, o que sei é que vou te esperar...
Fazer da espera uma crucia de dor,
trilhar no hábito e ver crescer o pavor.
Vou esperar-te sem espanar a esperança.

As noites irão se misturar com as manhãs.
Acordado, irei passar e repassar o pensamento.
E se me restar instantes de fechar os olhos… sonharei!
E de sonhar acordarei, sentirei o Armani Code no ar,
A tua água de colônia; mágicas fragrâncias…

Um comentário:

  1. Que linda poesia, 50% dela me pertence também.
    Já te disse uma vez, são palavras que gostaria de dizer, então me assimilo e me encanto.
    Bjs.

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