O que sobrepõe o final? — nada!
Terminada as estações, o sol entrará na calada,
A lua não falará do dragão de São Jorge,
O universo, (pequeno senhor), caberá no ataúde.
A funerária descarregará o apagado no ecúleo
Arrastará do canto lúgubre a haste do crucifico
levará até ao cepo do caixão
onde a posição dos candelabros dorme a cabeceira.
Terminada as estações, o sol entrará na calada,
A lua não falará do dragão de São Jorge,
O universo, (pequeno senhor), caberá no ataúde.
A funerária descarregará o apagado no ecúleo
Arrastará do canto lúgubre a haste do crucifico
levará até ao cepo do caixão
onde a posição dos candelabros dorme a cabeceira.
À vela fumegada: assistirá a noite,
A parafina esculpira um corpo no lampadário;
A madrugada se vestirá do ar exaurido.
Vez por outra: — desatas de lamúrias.
A parafina esculpira um corpo no lampadário;
A madrugada se vestirá do ar exaurido.
Vez por outra: — desatas de lamúrias.
Logo achegará o limiar do dia arrastando o alvor;
A estranheza da morte diminuirá.
Os lamentos sobrarão de menos pesar
Os coveiros irão à pá, cobrindo o universo.
de J.Vitor
A estranheza da morte diminuirá.
Os lamentos sobrarão de menos pesar
Os coveiros irão à pá, cobrindo o universo.
de J.Vitor
"Logo achegará o limiar do dia arrastando o alvor;
ResponderExcluirA estranheza da morte diminuirá.
Os lamentos sobrarão de menos pesar
Os coveiros irão à pá, cobrindo o universo."
Passada a primeira noite a vida clama pela vida e o que fica são lembranças...
Belo poema dentro de sua crueza...