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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Não demore


Querida!
Quero tê-La aqui nos mais breves momentos.
Iremos brindar o encontro com safra da saudade.
Quero que a primavera pare em suas horas de doar flores…
Não demore…
A casa está vazia e eu não vejo a hora de dividirmos uma taça de bebida, uma xícara de café; e até sermos surpreendidos nas circulações dos espaços.
Neste abandono dos cômodos, premedito encontros por pensamentos, esbarrões casuais que sejam pela malícia do desejo.
Vivo em ressaltos de imaginações.
Creia, Sinto o hálito da alegria como um pronunciar dos dias em que aqui estiveres.
Ando de uma sala para outra e comigo a imaginação de estar assistindo o teu sorriso. Tudo tão vivo que sento nas poltronas e converso com o teu rosto, e ele decora todo prazer que sinto.
Não demore…
Venha enquanto o pomar queima com a estação de frutos maduros.
A mangueira nunca esteve tão carregada,
As mangas fazem os pássaros repicarem poesias.
Não demore…
Ficarei aqui na varanda até que chegue o instante de lhe ver despontar no início da alameda.
Mandei escrever nas vergas dos portões: “Não demore”

de J.Vitor

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