Tive que ser drástico quando ela me perguntou: — tem
que ser assim? Fui tomado de impulso, explodi numa carreira de respostas, respondi:
Já não tenho mais a formalidade de um homem que
navega em prospectos de fantasia.
Não eram mais dela as perguntas. Daquele instante
em diante passei às próprias indagações…
A vida estava mareada e toda sua força se agarrava
nas experiências e conceitos de tantas vezes repassado numa força de suposto
momento… “se um dia viesse o renascer do amor!”
Veio! Agora entrelaçado nos cômodos dos abraços,
nas moradias das inquietações, é assim que estou: na passagem do riso, no
caminho de uma consternação que até pode viver os seus minutos santos…
Pode!? Não pôde…!
Não pode por que a jangada do tempo perde-se com os
nós do cipó que tão logo acima nos deixará em qualquer porto abandonado.
Será deste modo: ela viverá a situação de uma nova
aventura. Sofrerei as agruras… Iates novos acortinarão uma exibição de águas.
Nesta equiparação o meu amor sofrerá! Ela ira
entender que também é um coração escravo das possibilidades que navega o globo
varonil…
Não terei força neste momento de ser justo e ainda lhe dizer:
Vai!
O oceano é um pano que não termina!
E assim… eu termino aqui: exilado!
Por um lado poderia ter consumido a experiência e
vivido o poema de Vinicius Moraes que diz:
“Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja, infinito enquanto dure."
Se hoje me perguntarem, onde moro, ficarei em
confusão.
se perguntarem onde está o meu pensamento, então
sim,
rapidamente terei resposta, sairei por mim mesmo,
tomarei as ruas de cada suspiro…
invernarei em sonhos… criarei afortunados passeios.
O meu coração que não sabe mais o caminho de casa…
entra pelos Mapas Google — “em fantasias”, toma rumos impossíveis… devaneia…
Tenho que ser drástico! Construirei uma moradia
especial para por a ilusão. Vou criar criados novos, uma cama e a serventia de
uma mucama que faça e desfaça as roupas de cada lua de mel.
de J.Vitor
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