Os policias bateram nas tabuas do barraco, meu
cão rosnou no quintal. Minha companheira empurrou uma parede de paus que
estavam carcomidos de cupim, (quatro taboas desceram ringindo uma sobre a
outra,) Maria atirou os nossos pequenos para fora,
e com sinal de silêncio ela
também varou o buraco e desceu borro abaixo com destreza de quem já havia
estudado o caminho de possível fuga. Os meganhas puseram a porta pelos ares, à
tranca foi estilhaçada com os batentes podres… as minhas mãos estavam postas
para trás sobre meu corpo em dorso. Eles avançaram, espatifaram a pequena mesa
junto de outro caixote que guardava nosso último quilo de feijão.
Com os olhos fincados na terra… pedia
misericórdia, pedia para que Deus terminasse as minhas poesias… A metralhadora
não me deu tempo, rajou sobre meu corpo, viajei.
Vi após… os meus amados, subiam, vinham de
volta pelas barrancas, nisto, de vê-los subindo entendi que os nossos versos
estavam prontos.
Não me conturbava mais… aquietei-me. O meu
coração recitava a oração de agradecimento, e de engrandecimento consegui
desatar os meus olhos do choro…
…Queridos seguidores… Deus um dia nos fará
entender a força de uma amizade,
Sem magoa, Deus abençoe a todos…
Se parecer milagre faz o filme, assim darei continuação
a este roteiro:
Os policiais estavam vestidos de branco, nas
divisas de santidade, havia asas de céu; eles tinham compromisso com as
estrelas.
Para simples efeito eles transpuseram o meu
coração no lugar; “sorriam entre eles.” Cornetas se dispunham ao redor e um
hino sublime que era cantado: “No dia em que
Jesus vier grande há de ser o meu peregrinar...”
Eu, ergui-me leve como um vapor
obediente, quis ter lágrimas, mas o para-anjo me informou: é inútil
recorrer as parafernálias humanas. Mesmo assim, vendo o estrago daquela
mudança, roguei nulidade da causa, supliquei pelos recursos, tudo em vão.
O passamento na colina estava esgotando, pois havia
tantos outros numa fila interminável. Entendi sofreguidão, aquietei-me entre os
espaços das flores. Um sinal foi dado de cima, a corda estava sendo arribada. Estava
finado na sorte das mãos que se supunham com punhados de Adeus e um tanto de
torrões que batiam chocas na tampa da casa roxa.
Maria se vestia com um vestido de ternura, tinha
rendas demarcando sua figura. Sem ela saber; havia ainda uma comunicação entre
nós. Não sei por quanto duraria a contemplação que estava retornando em
fetiches e alegrias em formas de beijos e prazeres que um gozo humano não
explica quase nada. Por final começou a se apagar, e então comecei a me
desapegar e compreender o sinal que tudo havia postergado para o reinicio!
*Aos que aqui chegam,
seja de onde quer que seja que sejam anjos, amigos que nutre sentimento. Com
certeza terá na caixa do pensamento uma saudação… é o que basta, pois saibam
que cuido de uma horta, mais que isto, tenho uma incubadora, faço dela um silo
donde todo carinho é brota, cresce, sorri como flor e depois se despenca em frutos,
e deles faço doces virtuais.
Agora começarei o drama na terra, e no final o roteiro nos mostrará a vida no céu… Aguardem
Agora começarei o drama na terra, e no final o roteiro nos mostrará a vida no céu… Aguardem
de J.Vitor
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Amigos para sempre