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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Casaram cap 4


Cap. ... 4
Escrever é uma intimidade que me causa prazer, não que seja destro neste entretém, não que tenha intentos publicitários. O que tenho são estas linhas. Dou a elas o nome de vaidade, dou-lhe muitos outros adjetivos, pois este é o meu desvanecimento, chega a ser a minha roupa de passar o tempo; tempo de ócio (pouco e pequeno). Vorazmente são trinta anos de Diário, trinta vidas de citações. É toda tinta do tubo, é a caneta com pena gasta, é toda letra devassa sobre o caderno puritano.
Tem revelações que foram escritas com o dia, mas, entre tantas tem situações que o tempo não me deixa esquecer. — O que faço se não sei plantar árvore? Que outra coisa me caberá bem? — marcar datas… não sei. Memorial para aniversários… não tenho!  Não sei cantar parabéns… avexa-me o rosto.

(Uma ressalva, o texto aqui escrito, não segue cronológica, não segue ano, ele vai e volta nas folhas revessas: explica-se pelo fato de não Ter tido antes a intenção de vê-los juntos)
Uma característica pessoal: sou teimoso, aposto nas fases, aposto no oposto, aposto não estar sentado aqui daqui a cem anos, caso esteja terei 156 aniversários feitos. Você se estiver nesta data lendo a isto, poderá Ter 129 anos, visto que tens agora 31, se a tua filha ler caberá a ela 111 anos. É! Não tem nada não! Sejam lá adiante estas bibúlas, assim, se me chamarem de tolo, “serei um tolo caduco”.

Para viver a sorte num presente sublime é preciso ter e trazer as experiências do passado… é preciso ter vivido lá… ter tido daquele dia a ousadia de ter namorado Maria, e para isso… ter tido toda coragem de nas primeiras palavras lhe perguntar: posso te acompanhar… horas frias… Com um sorriso no rosto, ouvi dela: — Pode… deixa-me pedir para minha mãe.
— Não, deixe que eu peça por ti, me adiantei e pedi…! “ E este foi o meu primeiro namoro com ela.” Andamos juntos até chegar em sua casa; ficamos no portão, conversamos um pouco… pedi-a em namoro, ela aceitou. [neste dia havia rompido todas as barreiras de pedidos].  

Vejo-me agora, de quando o mundo abriu para mim o seu olhar, e então comecei um calendário particular; tinha vinte e dois anos: tinha garra, vontade, verdades, todas as ansiedades.
Nasci Cristão de princípio, filho de Pai Abraão, filho desde 55, desde o véu rompido… caminhava…
Do outro lado uma moça, também cristã (17 anos), Viemos trocar a primeira fala, e na manobra daquela noite linda, o céu estava claro, e nós entre uma multidão de mesma fé.
Acostava-me de leve entre todos para abrir uma vista do lugar onde ela ficava; em vezes outras trocávamos olhares, foi então que me aproximei lhe saudei, e os corações começaram a girar…
Encontraram-se naquela noite, careciam esquecerem as inibições, dava-se deste jeito o encontro, a alma menina com a do menino. Abriu-se as crônicas, estavam no término de uma recente novidade. Não mais a sós…!
A frente uma porta, entraram, lá depuseram suas palavras, o namoro, o noivado e casamento. Se fizeram de iguais… brindaram… casaram…

de J. Vitor
Licença Creative Commons
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Um comentário:

  1. Vitor,

    Começamos de novo mais um ano, agora o número começa a assustar 2012. Quanta história, quantas recordações, lembranças que nunca sairão dos nossos pensamentos.
    Como é bom ter o que contar, uma vida que não passou em vão, cada dia, um dia bem vivido. Poucas pessoas conseguiram erguer um castelo real com tantas verdades.
    Parabéns pelo relato, continuarei a acompanhar.

    beijosss

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