A
mais profunda solidão é estar numa noite escura
onde
até a claridade torna-se um monstro. Vazia…
Apalpa-se
o umbigo a procura do cordão mamãe.
E
neste instante pouca coisa resta,
os
olhos prestam-se em lágrimas e
deles
esgotam a solidez da alma, e,
como
se ainda possível… nada mais existe…
nem
o momento vago e triste. Nada… nada… inerte…
rebrotam
lampejos… adormece no último soluço.
Pela
manhã, ainda debruço, percebe-se então… o primeiro dia de sol…
Se
quiseres saber o que é sair do coração, eu conto…!
Conto
que o pulso lateja, é pouco, pois dentro do peito,
percebe-se
uma bomba desnecessária,
antes
fosse ele no despejo, na marcha fúnebre do cortejo.
Na
frente vai o carro preto;
vêm
puxando a companhia,
seus
braços se estiram nos cruzamentos,
a
sirene berra dor vazia.
Os
faróis ficam confusos, mas entendem que o ar parou,
que
o vento faz minutos de quieta[mento].
Encerra-se
no jazigo um culto que para sempre será lembrado,
e
que neste dia,
todos
tenham este presentemente finado.
de J.Vitor
"Conto que o pulso lateja, é pouco, pois dentro do peito,
ResponderExcluirpercebe-se uma bomba desnecessária,
antes fosse ele no despejo, na marcha fúnebre do cortejo."
meu coração vai junto...
Olá Vitor,
ResponderExcluirFinado/Feriadão 02/11/2011
Pela manhã debruço,
Percebo ... o dia é de sol,
Se quiseres saber o que diz o coração, eu conto ...
Conto que o pulso lateja, o coração bate ... e a mente vagueia.
Beijosssssss