Noite de São João
Conversávamos sobre nós, (de tudo
pedacinhos)
Os momentos não se dividiam, estávamos
próximo
Compartilhávamos dos demais encontros
Tínhamos para partilhar, promessas de
carinhos,
Atos simples, sem importância,
Nossos olhos cheios de elegância,
Tínhamos o mundo para estar.
Domingo, noite de São João, dos
apóstolos bentos.
“Lindo luar,”— nosso namoro sobre o céu.
A fogueira foi ateada, ouve-se o estalar
de gravetos,
A chama se induzia de lumaréu
Imitou as cores das estrelas erguidas
Para cintilar a tua mão pequenina
“Ficamos vendo a noite Junina.”
O ar tinha gosto de batata doce,
Nas narinas o cheiro do quentão.
O fogo continuou a crepitar estampidos.
Havia vozerio no salão,
Eram meninos, moços e casais na trilha
caipira.
Mês de junho, mês de balão,
Bandeirinhas com amarras em varas de
taquara.
Estampidos… rojões se abriam com
trovejar de muita farra.
Eu e você passeávamos de mão dada, e,
O dia da festa de São João passou a ser
data sagrada.
José Vitor
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