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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Brinco de fazer de conta:



Faz De conta que nada preciso,
Saio para os afazeres deixo as afrontas dos vizinhos,
as necessidades da dispensa.

Chego ao trabalho na conta de que tudo vai bem;
Tão bem que até respondo, bom dia... “bom dia!”
Tão bem, que para o tapete puxado; digo amem.

Faz de conta que tudo é de bom bocado:
Mesmo o tratado do contrato injusto;
Mesmo sabendo e tendo desvantagem na empreita;
Mesmo tendo a caneca de leite seca;

Tudo vai bem! — Bem para o patrão
para sua linda plantação e bela colheita.
*Brinco de fazer de conta.

Faço de conta que não tenho conta (nunca tive cheque)
Nunca tive carro; pelo contrário: tenho um cavalo que come pouco.
Tenho os meus filhos na folha do estado;
Na folha da merenda, na bolsa família.

Sei que a diferença entre eu e o meu semelhante, é:
Ele ganhou estudo, logo, ganhou elite.
Eu ganhei trabalho, sou vassalo.
Eu até entendo, mas, gostaria de saber sobre os honestos?

Vou parar de brincar e de fazer de conta; 
tenho brincado a vida toda e tudo que ajuntei foi conta.
Conto: que além de conta, de todos os impostos e tributos
Tributarão no meu caixão a taxa de quem só brincou.

Do meu trabalho o que restou foi à roupa.
“Para tirarem a sorte dela terão que pagar a conta.”

de  J. Vitor

Um comentário:

  1. Olá J. Vitor, e que tudo esteja bem contigo!

    É bem dessa maneira prezado J. Vitor, nós fazemos de conta que somos moradores do paraíso, mas, no final sempre somos nós que pagamos a conta daqueles que faz de conta que estão nos ajudando, quando somente nos estão aviltando!

    Sempre com escritos de reflexão, com verdades que tantos ocultam, parabéns pela postagem!

    Obrigado por compartilhar teus pensamentos escritos, pelas visitas e comentários.
    E assim eu deixo por cá meu desejo que você tenha em teu viver a felicidade intensa, grande abraço e, até mais!

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