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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Velório

Desculpem Ter chegado atrasado
De Ter burlado o encontro marcado
De Ter atravessado o sinal fechado

Desculpem. Fora caso do sono,
É causa de Ter acordado cansado
É causa do corpo doido, do assoalho apodrecido,
Do azulejo a ser trocado.
Desculpem os acontecidos.
O saco do café furado
O arroz na panela grudado, o feijão aguado
Tudo isso é compreensível de Ter sonhado.

Fique para memória minha desculpa.
Que sirva como esboço cada momento.
Se acaso vier a frente o quedar:

Saibam que já tive medo, mas, de coragem fui me fazendo.
Portanto, oficializo uma comiseração casual;
Sem choro, sem velório.
Transfiro para os precedentes, um tesouro,
Os mesmos que recebi dos meus antecedentes.

Relêem as crônicas, encontre-me vadeoso, contando pilhérias, rindo do Ronne Golias
Fazendo o café da manhã, queimando carne,
Bebendo cerveja. Fiquei triste, "foram poucas às vezes."
(Interpretem-me como se não tivesse tido pai, como se não tivesse tido mãe;
mas, eu os tive! Tudo tem!)
Chorei por eles, o necessário, e o imprescindível para o meu crescer.

A qualquer que não conheço deixo os meus órgãos.
“eu bebi água.” O rim eliminou.
“Andei, corri e parei," o coração parou.
Portanto, não tenhas inquietações.
Desobrigo a todos da noite funesta.
Não me ligo a estimas de velórios,
Mas quero canto. Cantem… desde os pássaros simples
Para que não aja lamúria.
Abaste as horas prementes, e
Aumente os rouxinóis.
Somente um cravo, o restante terá no sarcófago!
Apagues os choros... São imprecisos,
Troco por qualquer hilaridade.

deJ. Vitor



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