Minha garganta aperta-me, uma atafona acocha-me o
pescoço, os olhos saltam das suas expressões e o juízo se confunde com o ontem.
Pela debilidade dos horizontes não conseguirei
usar as ogivas guardadas das vontades que tive em ser emancipado.
Não peço muito, não peço pouco, o que peço não
pesa; pouco importa se ainda tiver o mínimo, sei que não conseguirei carregar.
Ainda agorinha conheci um homem, namorava Maria,
falava de amor, prometia não esquecer o sol, porém, o pico do meio dia causticava
lhe o crânio descoberto.
Porquanto pude, acompanhei este ser mortal;
assisti-o nas esquinas por onde passava. Vi nele a infância, junto, sua criança
que puxava o moço, garboso e arrimado de dias.
As horas não lhe fugiam. Um avivamento jocoso
mentia sobre o futuro sem fim.
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Amigos para sempre