O tempo passou o rodo nos meus dias
deixando a contento os caminhos que foram abertos como picadas em martas
virgens. O que antes era mero barro, transformou-se num busto de barba branca, cocuruto
na cabeça e uma corcova nas costas.
Resta-me unir o ócio e ter a profissão
do vagabundo.
Cômodo seria sair da cama às 10 horas;
tomar um banho preguiçoso, assumir o rumo dos bondes, sem pressa. Voltar no
improvável para comer um trem mineiro.
Quem sabe seja assim a vida de
aposentado que abre mão do cachorrinho e dos gatos mais.
Sinceramente! Nunca conseguirei acordar
na mediocridade; me dobrar no princípio dos costumes; dosar o café com a água; andar
pelos cômodos da casa, espiar se Maria ainda cochila.
Nunca estarei na inatividade! E nem
tenho tempo para adotar coisas vã. Muito
me ativa ainda a bola do sol que entra e faz ponte com o castelo da
hiperatividade.
O vento é outro vetor que ajunta-se no
laboratório da lobotomia para fabricar emoções.
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Amigos para sempre