J. VLemes
Tem vezes que
ausência é tanta
Que me sinto
ausente de mim
Deitado na
penumbr a do aposento,
Olhos abertos
para o nada,
ouço a
respiração gritando com o pulmão,
o ar vem do
seu labirinto, funga o vento,
recorro as
mãos, elas mexem,
baixo as
cortinas da retina, indiferente:
a vela do
silêncio despediu-se no br eu,
tomou sua
mala, foi para praia,
foi para
necas, entrou num bote a beira do mar,
desatou as
amarras, o corpo, inerte, parte…
vai quase sem
pensamento, chacoalheja
como se estive
dançando a música das ondas.
O quarto
balança, o lustre ainda que apagado, me chama,
um tanto do silencio se ascende,
deixa entrar o nácar duro; a vida me acorda,
estou de volta..
um tanto do silencio se ascende,
deixa entrar o nácar duro; a vida me acorda,
estou de volta..
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