J. VLemes
Poesia
nasce repentinamente, ela não Sai de um óvulo, de uma barriga. Ninguém fica grávido
para gerar uma poesia. Poesia não se alimenta de matéria, não tem boca, não
pede pão, arroz feijão; poesia também não dá no chão.
Poesia
é abstrata, ela aparece num pensamento, vem surgindo de palavras ponderadas.
Primeiramente seu sintoma br inca com
o sentimentalismo, com o intuísmo, e assim a danada vem, vem br otada do armazém da imaginação. Cada uma que nasce
abusa de uma beleza,
Outras
se banham de luz e se vestem de estilo próprio.
Suponhamos
que fosse ao contrário, que ela nascesse premeditada, que ela fosse condicionada
de carinho, um afago, e assim, ela dependesse de um ovulo onde sua gema inerte
dormisse dias e dias ganhando gramática, composição, rimas e estéticas.
Poesia
passaria a ser concreta; algumas seriam altas, outras magras, feias, bonitas, desprezadas
e a daí por diante…
poesia
passaria ocupar um espaço.
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