J.VLemes
Estava nesta
manhã absorto,
o pensamento escorava-se
no nada;
no repente
ouço um pardal na parabólica,
pipiava, pipiava…
Avocava a atenção.
Passei a
imaginar que ele me chamava
ou quisesse me
fazer companhia.
Ergui mais o
meu corpo, e ele continuou imóvel,
[ pipilando…
Refletindo
melhor, percebi que o meu pensar era absurdo.
Compreendi que
estava tendo uma presunção.
Porque o
pardoquinha estaria mexendo comigo?
Que valor eu teria?
— Nenhum!.
Porque um ilustre
pardal se juntaria a este vil senhor?
Gastando seu gorjeio
a toa!? — Acaso não tem ele as arvores que quiser?
A liberdade do
céu sem comandante,
Sem precisar
informar-se com a base,
Porventura não
é ele proprietário dos beirais…!
Então respondi
a mim,
Que ele, tão forro,
não perderia tempo com um preso.
Passou alguns
minutos, trinou mais algumas palavras de pássaro e se foi.
Significou
então —
Que o encanto
havia quebr ado e o danadinho
Despertou-se da
hipnose, voou…
E eu, voltei para
o meu mundo, em bagatela.
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