Miro
a visão na torneira longa da pia que ultrapassa o patamar da vidraça uns 15 centímetros
para cima.
O
canudo que jorra água é a metade do corpo de trás.
Da
cadeira, sentado alinho com os olhos nos dois canos que me servem como ponto de
fuga entre mim e a fileira de sobr ados
que se situam a 200 metros de distância.
Tal
é o ver que me pego imaginando a condução dos horizontes que para aquele
momento são flexíveis na medida em que inclino o pescoço de um lado para o
outro.
O
meu ouvido estava quieto; somente se
dava ao pensamento que divagava o além, e até continuaria em nuvens se não
fosse o canto doce e delicado de uma ave de outono. Ou não! Que fosse eu que em
minha viajem tivesse depositado os demais sentidos em qualquer canto do corpo…
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