J.VLemes
Somos
divisões de ocasiões
Escrevendo
penso não ser eu o eu desta noite
E
então me pego procurando o eu d’outros tempos.
E
o eu de agora?
Para onde estará indo?
Vejo-o
construindo eu(s) como se os eu(s) fossem de tijolos.
Minutando penso, penso ser
uma peça de saudade,
Uma
coluna de momento, uma janela de espiar o mundo, uma verga dividindo as salas…
mais me pareço com aquarela d’um
desenho transluzido - exibindo camada sobr e
camada…
Às
vezes sinto que ainda estou no ensopo das cerdas.
Sinto o mundo sendo trazido para fora…
A
tocha do pincel bate no creme da tinta,
suga
o vermelho vivo e depois diluí-se com água
deixando fruta-cor nos caminhos dos retratos.
Assim
é o eu de cada dia.
Uma
arte feita de momentos…
Cujo
coração é seu atelier
e suas
paredes são para arquivar as obr as.
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