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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Insônia

J.VLemes

Gostaria de seguir o conselho de Quintana quanto a não datar poemas.
Não nesta noite de fevereiro. Porquanto não saberei começar omitindo o embuste; não posso deixar de descrever o significado da insônia que me fez varar a madrugada.
  Os olhos pregaram-se nas réstias de  claridade vindas de fora: resquícios de luzes dos postes, das varandas; o restante dava-me o parecer de ser do céu escuro encobertando a lua e as estrelas. Transparecia somente a penúria.
Enfadado de virar na cama, afirmei o olhar para o teto, busquei  coordenação nos vultos que refletia na arandela. As paredes iluminavam-se  gradativas; a tela acima da cabeceira ressaltava o contorno da coxa vermelha.
Virei o pescoço para o lado esquerdo e fiquei admirando o perfil de Maria que dormia docilmente.
Desvirei para o lado direito e lá estava o mesmo perfil no porta retrato de cabeceira.
O Digital pulava de número em número — Já não me importava mais! 

Segui a viagem tranquilo! — Pensei, quem sabe ainda durma um pouco antes do clarear. 

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