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segunda-feira, 8 de julho de 2013

CAPITULO XV - MEU PÉ DE CHUCHU

[ j. vITOR ]

Não vejo a hora de tirar da garganta o grito que está entalado. Será um brado arrancado de uma admiração antiga, igual de quando criança. Saí para o terreiro onde mamãe lavava, quarava e torcia as roupas da casa.
Havia quatro mourões fincados, em cima algumas folhas de zinco que protegiam aquela senhora tão linda.
Ela, minha doce Laura, passava parte da manhã prostrada  diante do rústico tanque de cimento.
Ao meu mundo aparte, eu subia na ameixeira  bem ao lado da cobertura.  Do chão úmido, brotou um pé de chuchu que rodilhava um dos mourões. Eu ficava na forquilha da árvore para assistir as ramas que haviam acobertado os canais das telhas. Vasculhava as folhas, e quando descobria abaixo delas xuxuzinho, dava um grito.  O mesmo que esta agora na minha garganta na espera de repetir um tiquinho do passado.   

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