[ j. vITOR ]
Não
vejo a hora de tirar da garganta o grito que está entalado. Será um br ado arrancado de uma admiração antiga, igual de
quando criança. Saí para o terreiro onde mamãe lavava, quarava e torcia as
roupas da casa.
Havia
quatro mourões fincados, em cima algumas folhas de zinco que protegiam aquela
senhora tão linda.
Ela,
minha doce Laura, passava parte da manhã prostrada diante do rústico tanque de cimento.
Ao
meu mundo aparte, eu subia na ameixeira
bem ao lado da cobertura. Do chão
úmido, br otou um pé de chuchu que
rodilhava um dos mourões. Eu ficava na forquilha da árvore para assistir as
ramas que haviam acobertado os canais das telhas. Vasculhava as folhas, e
quando descobr ia abaixo delas
xuxuzinho, dava um grito. O mesmo que
esta agora na minha garganta na espera de repetir um tiquinho do passado.
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